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O presente artigo é resultado de pesquisas efetuadas pelo grupo de pesquisa Criar e Brincar: o lúdico no processo de ensino-aprendizagem (LUPEA), mais especificamente, parte-se de um recorte da dissertação de mestrado de uma das autoras, na qual se estuda a educação estética e o espaço escolar, enfocando-se o brincar no contexto da dificuldade de aprendizagem. Como referencial teórico para a abordagem da articulação entre o brincar e a questão das dificuldades de aprendizagem, tem-se os pressupostos de Winnicott, Paín e Fernández. A metodologia utilizada na pesquisa maior foi de abordagem qualitativa, do tipo pesquisa participante pelo viés da Pesquisa-Ação. Este artigo centra-se no relato da participação de F., aluna da escola municipal de Angra dos Reis, no projeto de correção de fluxo, tendo-se como objetivo discutir quem é o aluno que apresenta dificuldade de aprendizagem? Como este aluno constrói uma identidade discente sem ser a partir de amálgamas do que dizem dele? Propõe-se, com a análise de cinco cenas que sintetizam os dados colhidos nas 25 oficinas realizadas, uma saída para as dificuldades na aprendizagem e da agressividade na escola. Por meio da análise dos dados desta pesquisa e da abordagem dada ao caso de F., tem-se a constatação da efetividade do brincar e da criatividade como uma das formas de lidar com a questão.