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Ser médico de (sua) família...
oleh: José Agostinho Santos
Format: | Article |
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Diterbitkan: | Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade 2012-10-01 |
Deskripsi
Poderá a relação médico-paciente somar-se a uma relação familiar, com benefício para a pessoa, em determinadas situações clínicas? Luís tem 59 anos e um filho, Abel, médico de família. Perante um quadro de perda de peso e adenomegalias, Abel percebe estar diante de um cenário clínico com elevado grau de suspeição. Relembra as mudanças comportamentais anteriores assumidas por Luís. Todas elas foram iniciadas após o aconselhamento médico pelo filho. Abel identifica o medo de Luís em iniciar qualquer investigação na sua saúde e reconhece a solidez e a confiança fornecidas pela afetividade entre pai e filho numa relação que começara de forma casual e imprevista. Ao contrário do que sempre pensara fazer, Abel assumiu-se como médico do seu próprio pai. O diagnóstico viria a revelar um adenocarcinoma gástrico. O impacto da transmissão das más noticias e do sofrimento na pessoa pôde ser atenuado por ter sido realizado pelo filho médico.