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DESFECHOS DE HOSPITALIZAÇÃO, COINFECÇÕES E COLONIZAÇÃO POR STREPTOCOCCUS PNEUMONIAE EM PARTICIPANTES SINTOMÁTICOS RESPIRATÓRIOS DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19
oleh: Ingrid Rodrigues Fernandes, Márcia Polese-Bonatto, Muriel Primon-Barros, Ivaine Tais Sauthier Sartor, Fernanda Hammes Varela, Clara Mendonça de Carvalho, Luciane Beatriz Kern, Thais Raupp Azevedo, Gabriela Oliveira Zavaglia, Caroline Nespolo de David, Marcelo Comerlato Scotta, Renato T. Stein, Cícero Armídio Gomes Dias
| Format: | Article |
|---|---|
| Diterbitkan: | Elsevier 2023-10-01 |
Deskripsi
Introdução: O Streptococcus pneumoniae é uma das principais bactérias associadas a coinfecções virais. Informações quanto à colonização pneumocócica e coinfecções são limitadas, incluindo uma possível associação com SARS-CoV-2. O objetivo deste estudo foi descrever as frequências de colonização de S. pneumoniae e identificação outros agentes respiratórios patogênicos comuns, durante o primeiro ano da pandemia de COVID-19. Métodos: Estudo observacional prospectivo em participantes com idade >10 anos, com sintomas respiratórios, entre maio e novembro/2020. Foi realizado um painel respiratório abrangente para detecção de agentes respiratórios por RT-PCR, e nos positivos para S. pneumoniae seguiu-se com a identificação de 21 sorotipos. Foram coletadas informações clínicas e dados sobre gravidade/hospitalização. Resultados: Foram incluídos 1.297 participantes; a idade mediana foi de 36,8 anos (IQR = 27,5-47,3). 134/1.297 (10,3%) participantes estavam colonizados por S. pneumoniae e 33/134 (26,4%) tiveram sorotipos identificados. O sorotipo 19A foi o mais prevalente (21,2%, 7/33), seguido por: 23A (15,2%, 5/33) e 6C/6D (12,1%, 4/33). Os principais patógenos respiratórios identificados foram SARS-CoV-2 (36,4%, 472/1.296), rinovírus (34,8%, 449/1.291), Mycoplasma pneumoniae (1,4%, 18/1.291), e em menor percentual coronavírus HKU1 e NL63, enterovírus, metapneumovírus, adenovírus, representando 1,9% (25/1.291). A detecção de rinovírus foi associada à não-colonização pneumocócica (p < 0,001), enquanto que nos outros patógenos detectados não houve associação significativa para colonização. Não foram detectados: Bordetella pertussis, bocavírus; coronavírus (229E e OC43); vírus influenza A (H1 e H3); vírus influenza B; vírus parainfluenza (1, 2 e 3); e vírus sincicial respiratório (A e B). Não houve associação entre gravidade clínica e colonização pneumocócica. 5,5% (71/1.297) indivíduos foram hospitalizados; 4% (46/1.297) precisaram de oxigênio suplementar e houve 1% (15/1.297) de óbitos. 14,3% (185/1.297) referiram uso de antibióticos na semana anterior à inclusão no estudo, sendo que 94% (173/185) não eram colonizados (p = 0,049). Conclusão: Não houve associação da colonização com patógenos respiratórios ou desfechos por hospitalização. O sorotipo 19A foi o mais prevalente nessa população, sendo um potencial agente de infecção invasiva. A avaliação da prevalência é fundamental para monitorar o cenário epidemiológico e orientar a tomada de decisões em saúde pública.