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Este texto é um ensaio em teoria sociológica cujo objetivo primordial é testar os limites e a aplicabilidade da sociologia do risco de Ulrich Beck em contraposição ao cenário pandêmico da COVID-19 no Brasil. Este exercício parte dos próprios pressupostos teóricos da sociologia do risco de Beck para rever sua atualidade e aplicabilidade. Trata-se de um texto provocativo, mas não necessariamente antagônico à sociologia do autor, um ensaio “com Beck e contra Beck”, que trabalha pela construção de um cosmopolitismo metodológico. O exercício aqui realizado, apesar de constituir um esforço teórico, considera o desenvolvimento do cenário pandêmico – no Brasil e mundo afora – como base empírica capaz de revelar o poder explicativo da teoria de Beck e, na mesma medida, questionar pressuposições centrais desta. O resultado do ensaio é a delineação de possibilidades teóricas baseadas na crítica pós-colonialista e em proposições da própria teoria de Beck em escritos colaborativos e revisionistas quanto ao seu próprio cosmopolitismo metodológico.