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As luzes da civilização: Rousseau e Voltaire, da linguagem ficcional à interpretação do mundo histórico
oleh: Renato Moscateli
Format: | Article |
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Diterbitkan: | Universidade Estadual de Maringá 2017-06-01 |
Deskripsi
Dissertação de mestrado defendida em outubro de 2002, junto ao Programa Associado de Pós-Graduação em História UEM/UEL. As Luzes da civilização é o resultado do desejo de contribuir duplamente para o aprimoramento da compreensão sobre os textos de Rousseau e de Voltaire: por um lado, salientando as idiossincrasias e as especificidades da obra individual de cada um e, por outro, não somente tomando os dois escritores de forma isolada, mas também os confrontando como co-participantes do Iluminismo, um movimento intelectual que colocou em pauta uma série de questões fundamentais que os filósofos setecentistas procuraram debater. Assim a dissertação se ocupa, sobretudo, das idéias a respeito do tema que se constituiu em uma das pedras angulares do pensamento iluminista: a civilização. Correlata de palavras como progresso e esclarecimento, sinônima de polidez e refinamento, oposta, enfim, à barbárie e à selvageria, a civilização perpassou os debates nos salões da França setecentista, as discussões nos gabinetes dos administradores do reino, bem como o conteúdo das inúmeras obras escritas pelos adeptos das Luzes. A polissemia do termo foi acentuada ainda mais pelos diferentes sentidos atribuídos a ele no interior desses ambientes, pois a crítica da civilização não se fez em direção a um consenso final, mas deu origem a interpretações diversas e às vezes conflitantes. Neste sentido, comparar as concepções sobre a civilização de indivíduos tão díspares como Rousseau e Voltaire permite adentrar esse campo de significados por uma via privilegiada, rumo à compreensão de algumas questões basilares do universo intelectual do Iluminismo.